quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Os Famosos e as drogas

Construir uma celebridade é relativamente fácil. Se combinarmos: talento, sorte e oportunidade, certamente estaremos bem próximos de mais uma capa de revista ou de jornal. O complicado é quando este sucesso sobe à cabeça e eles acabam perdendo o controle, e muitas vezes, decepcionando seus fãs. Veja alguns casos célebres de famosos que envolveram-se com as drogas e em muitas confusões.
1. Kareem Abdul-JabbarQuem: Ex-jogador de basquete que jogou durante 20 anos na NBA.Envolvimento: Em 1998, foi descoberto portando uma pequena quantidade de maconha em um aeroporto de Toronto. Em 2000 foi detido por dirigir sob a influência de maconha. Quando foi interrogado, disse que usava a droga para ajudar a combater as náuseas causadas pela enxaqueca.

2. Louis ArmstrongQuem: Louis Armstrong é um dos maiores expoentes do Jazz tanto como cantor quanto por primeiro grande solista, com seu trompete.Envolvimento: Em 1931 foi preso por posse de maconha,, mas pagou fiança e logo foi liberado.
3. Sebastian BachQuem: Vocalista da banda Skid Row (não confundir com Johann SB, o compositor clássico)Envolvimento: Em 2002 Bach foi preso carregando dois sacos (cerca de 5 gramas) de maconha e alguns papelotes.
4. Mischa BartonQuem: Atriz que ficou conhecida por seu trabalho na série teen The OC.Envolvimento: Barton foi presa em 2007. Ela teve seu Range Rover parado pela polícia, e foi presa por dirigir bêbada e estar em posse de narcóticos ilegais, além de não ter uma carteira de motorista válida.

5. David BowieQuem: Músico e ator, conhecido pelo seu trabalho musical dos anos 70 e 80 e pela sua alta influência no mundo da música, mais especificamente do rockEnvolvimento: Foi preso em 1976 por posse de maconha. A pena máxima que ele teria que cumprir seria de 15 anos, mas as acusações foram posteriormente retiradas e Bowie foi liberado.
6. James BrownQuem: Foi um cantor, compositor e produtor musical norte-americano reconhecido como uma das figuras mais influentes do século XX na música.Envolvimento: Brown sempre foi uma figura polêmica, suas apresentações foi por vezes mais emocionantes do que a própria música.Com dezessete anos foi preso por roubo a mão armada e cumpriu mais de três anos de detenção num reformatório. Em outro episódio, ameaçou com um revólver e um rifle um grupo de pessoas que invadiram sua propriedade. O músico foi perseguido pela polícia por vários Estados, preso e condenado por porte ilegal de armas e drogas. Em 1988, Brown foi preso novamente, desta vez, por agredir a mulher, Adrienne, e por consumo de drogas. Condenado a seis anos de detenção, cumpriu metade da pena. Em 1991, depois de libertado, recomeçou sua carreira artística.
7. Jennifer CapriatiQuem: Tenista. Foi número 1 do mundo no ranking da WTA e venceu 3 torneios de Grand Slam além da medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de 1992.Envolvimento: O estrelato acarretou alguns problemas à tenista, que acabou se envolvendo com maconha e chegou a ser presa por roubar um anel antes de se recuperar e chegar ao topo do ranking em 2001.

8. Aaron Carter Quem: Aaron tornou-se rapidamente um ídolo pop dos adolescentes aos 12 anos de idade. Em 2000 saiu o álbum "Aaron’s Party (Come Get It)", pela Jive Records, que vendeu um milhão de cópias e abriu a turnê internacional da Britney Spears. Os holofotes estavam todos voltados a ele. A mãe do menino prodígio aproveitou e escreveu a biografia do filho. que também participou de uma montagem na Broadway, em "Seussical", e deu uma passada no Brasil, no Rock in Rio 3 Envolvimento: Em fevereiro de 2008 ele preso por excesso de velocidade. Na ocasião foram encontrados 50 g de maconha no seu carro.
9. Ray CharlesQuem: Um dos mais importantes músicos do cenário internacional. Charles foi pioneiro e cantor de música soul que ajudou a definir o seu formato ainda no fim dos anos 50, além de um inovador interpréte de R&BEnvolvimento: A carreira de Charles foi tão vencedora quanto conturbada. O lendário músico foi preso em 1958 e 1961 por porte de heroína e em 1964 por consumo de heroína e de maconha, em um aeroporto de Boston.
10. Adam ClaytonQuem: Baixista da banda irlandesa U2Envolvimento: Em 1989, Adam começou a ver o reverso da medalha. Primeiro por ser detido em Dublin por posse de maconha. Depois mais tarde, em 1993, o seu noivado com a top model Naomi Campbel parecia ir de vento em poupa, mas o seu término abrupto fez com que o baixista passasse a enfrentar sérios problemas com o álcool. A ponto de a 26 de Novembro de 1993 Adam ter faltado a um concerto, em Sydney (concerto esse que sería filmado) devido a uma enorme ressaca (Stuart, o seu técnico de som, acabou por substituí-lo nesse concerto). A partir desse momento, Adam abdicou do álcool.

11. Macaulay CulkinQuem: Macaulay estourou no papel do garotinho hiperativo que inferniza a vida dos adultos no filme Esqueceram de Mim, em 1990Envolvimento: O ator americano passou por uma rota da qual poucos atores infantis de Hollywood conseguiram escapar. Primeiro, a glória – ele inscreveu seu nome na história do cinema como o mais bem-sucedido representante dessa categoria de ator em todos os tempos. Depois, o esquecimento – Macaulay sumiu das telas a partir de 1994, enquanto seus pais se engalfinhavam numa batalha por sua fortuna de 17 milhões de dólares. Foi condenado a um ano de cadeia por posse de drogas. Em setembro de 2004, a polícia o flagrou com 10 gramas de maconha e pacotes de Xanax, um remédio para tratar depressão e síndrome do pânico. Além da pena, o ator foi multado em 540 dólares.
12. DMXQuem: Famoso rapper americanoEnvolvimento: A lista de problemas com a justiça é extensa. Em 2002, DMX foi detido por posse de maconha e agressão, mas foi condenado a fazer trabalhos comunitários. Novamente no início deste mês, DMX foi detido, desta vez, por posse de drogas, armas e maus tratos a 12 cães pitbull. Na sua ficha consta também detenção por agressão.
13. Snoop Dogg Quem: Famoso ator e rapper AmericanoEnvolvimento: A lista de problemas com a justiça é enorme. Em 1990 foi preso por porte de cocaína, em 1993 foi detido com arma de fogo, em 1996 acusado de matar o membro de uma gangue e em 2006 foi preso por porte de maconha ao estacionar seu carro em local proibido.

14. Art Garfunkel Quem: Músico da dupla Simon and GarfunkelEnvolvimento: Em 2004 O músico, viajava em pelo estado de Nova Iorque em alta velocidade quando foi parado pela polícia e flagrado com maconha, após ser revistado. Garfunkel foi indiciado por porte de drogas.

15. Boy George Quem: Um dos cantores mais famosos e exêntricos da década de 80 , à frente do grupo Culture Club , grupo do movimento New Wave fundado em 1982. Envolvidos em escândalos e drogas , a banda se desfez em 1987, quando Boy George iniciou sua carreira-solo.Envolvimento: Foi preso em 1986 por posse de maconha e foi manchete em 2005, após mentir sobre um assalto em sua casa, quando os policiais encontraram cocaína na residência. George foi condenado a cumprir serviços comunitários, limpando ruas.
16. Al Gore III Quem: Filho do antigo vice-presidente dos EUAEnvolvimento: Foi parado pela polícia, após trafegar a mais de 160 km/h. Após pará-lo a polícia sentiu cheiro de maconha, revistou o carro e não só encontrou maconha, como também Vicodin, Valium, Xantax e Adderal -drogas que exigem prescrição médica para tratamento psiquiátrico.

17. Woody Harrelson Quem: Famoso ator norte-americanoEnvolvimento: Em junho de 1996, Harrelson convidou a imprensa para irem à Beattyville, Kentucky, vê-lo plantar 4 sementes da erva. O ator foi imediatamente preso pelo delito leve de posse de substância controlada (mais uma semente aumentaria a queixa de delito leve para crime), mas Harrelson foi liberado após pagar fiança de US$2 mil. Ele tinha esperança de que seu caso desafiaria a proibição do Estado que não permite o cultivo de pés de maconha para qualquer objetivo. Harrelson, que é investidor numa companhia californiana que promove o uso de maconha industrial na fabricação de roupas e outras coisas, defende a legalização da maconha industrial como medida para ajudar a salvar florestas em perigo!
18. George Harrison Quem: Músico de uma das mais famosas bandas de rock, The Beatles.Envolvimento: No dia em que Paul McCartney casou-se com Linda Eastman, em Londres, na Inglaterra, George Harrison e sua esposa, Patti Boyd, foram presos e acusados por porte de maconha.
19. Whitney Houston Quem: Uma das mais populares e famosas artistas das décadas de 1980 e 1990, recebendo vários Grammy's, American Music Awards, Billboard Music Awards, Emmys, um MTV Video Music Award, um MTV Movie Award, um MTV Europe Music Award, o prêmio de Artist of the Decade (artista da década) e o especial Legend Award.Envolvimento: Em 2000 a cantora reconheceu à imprensa que consumia cocaína, maconha e outros tipos de drogas. O primeiro single do novo cd, "Whatchulookinat" foi um grande fracasso nos Estados Unidos talvez pelo seu tom meio agressivo onde Whitney critica a todos aqueles que falam que sua carreira está terminada e sobre os relatos de sua dependência química. Depois disso mergulhou profundamente no mundo das drogas, chegando a abandonar sua carreira.

20. Allen Iverson Quem: Jogador de basquete da NBAEnvolvimento: O jogador foi acusado por porte de maconha, em 1997, e obteve acabou fazendo serviços comunitários.
21. Mick JaggerQuem: Líder da banda Rolling StonesEnvolvimento: Mick foi preso em 1967 e 1970 por porte de maconha. Em 2005, após uma batida da polícia em sua casa, Jagger acusou a polícia de “plantar" droga em sua casa.
22. Haley Joel OsmentQuem: Jovem ator norte Americano, que ficou famoso por seu trabalho no suspense O Sexto Sentido, quando Haley interpretou o garotinho Cole contracenando com Bruce Willis, onde imortalizou a frase "Eu vejo gente morta".Envolvimento: Em 2006 Osment foi preso por porte de maconha e por conduzir sob o efeito de álcool.

23. Lil Kim Quem: Cantora norte-americanaEnvolvimento: A rapper conhecida por seus trajes, ou falta dele, foi presa por posse de maconha em 1996. Ela também foi parar na prisão em 2005, por admitir ao juiz ter mentido para proteger amigos que estavam presentes em um tiroteio em Manhattan, em 2001.
24. Queen Latifah Quem: Famosa rapper e atriz americanaEnvolvimento: Em 1996 foi detida por carregar uma pequena quantidade de maconha e uma arma. O resultado foi uma multa.
25. John Lennon Quem: Líder dos Beatles. Envolvimento: Em 1968 foi preso com sua esposa Yoko Ono carregando maconha. O erro quase custo o direito de viver nos EUA.

26. Bob Marley Quem: O mais famoso cantor de reggaeEnvolvimento: Conhecido pela sua associação com a maconha, Marley foi somente foi preso em 1977, naturalmente, por posse de maconha.
27. George Michael Quem: Famoso cantor norte-americanoEnvolvimento: Em 2006 o músico foi preso com maconha, após cochilar na direção do automóvel e atrapalhar o trânsito no norte de Londres. Meses antes, Michael já havia sido preso por porte de drogas e admitiu que a prisão havia sido por sua "própria e estúpida culpa".
28. Bill Murray Quem: Famoso ator norte-americanoEnvolvimento: Em 1970, foi preso após tentar embarcar no aeroporto de Chicago, portando quase 9 quilos de maconha.

29. Carlos Santana Quem: Famoso guitarrista mexicano. Tornou-se famoso na década de 1960 com a banda Santana Blues BandEnvolvimento: Em 1991, foi detido no aeroporto de Houston tentando embarcar com 5 gramas de maconha para o México.
30. Tupac Shakur Quem: Também conhecido por 2Pac, ele entrou para o Guinness Book como o maior vendedor de CD de gangsta rap, com mais de 75 milhões de álbuns por todo o mundo, incluindo 50 milhões somente nos Estados Unidos.Envolvimento: Quando tinha vinte anos, Shakur já tinha sido preso oito vezes, até ficou oito meses na prisão, condenado por abuso sexual. Em novembro de 1994. Enquanto estava preso, ele foi pego com maconha e confinado durante 23 horas por como punição.
31. Charlie Sheen Quem: Ator norte-americanoEnvolvimento: Charlie faz jus à fama de problemático. Nos anos 90, o ator afundou-se no álcool e nas drogas. Foi preso e quase morreu de overdose. Era também um mulherengo da pior estirpe. Quando o escândalo envolvendo astros de Hollywood e a cafetina Heidi Fleiss veio à tona, soube-se que ele havia dormido com 27 prostitutas agenciadas por ela.

32. Steve-O Quem: Steve-O é dublê e conhecido pelas séries televisivas Jackass, Wildboyz, e Dr. Steve-O.Envolvimento: Em 22 de Maio de 2003, Steve-O foi detido e preso na Suécia, devido a um comentário que ele fez durante uma entrevista sobre o contrabando de drogas para o país, ele disse que engoliu um preservativo contendo cannabis para passar com eles pela polícia. Steve-O foi preso e foi libertado em 27 de maio de 2003 após pagar uma multa de 45.000 coroas (cerca de $ 6.700 dólares), e pagou essa multa, por terem achado um comprimido de ecstasy e cinco gramas de maconha, embora ele alega-se que não tinha conhecimento do ecstasy.
33. Amy WinehouseQuem: Considerada a maior revelação da música inglesa dos últimos tempos, vencedora de 5 Grammy Awards.Envolvimento: Ultimamente tem-se debatido, juntamente com o seu marido, com problemas relacionados com drogas, tendo várias vezes tentado superar o vício em clínicas de desintoxicação.Seu empresário a abandonou ao descobrir que no ônibus da turnê, Amy usava heroína.Em função das polêmicas, o governo dos EUA negou visto à artista para cantar no Staples Center, sede da 50ª edição do Grammy, realizada em 10 de fevereiro em Los Angeles. A pedido dos organizadores, Winehouse deveria cantar numa performance direto de Londres, onde mora e cumpre seus tratamentos anti-drogas.Foi apanhada com uma substância branca no seu nariz, como se fosse pó, alimentando os rumores de que ela não parou de se drogar.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Conclusão

Tendo em vista o trabalho realizado, concluímos que a experiência e o aprendizado que obtivemos foram muito construtivos para nosso lado pessoal e intelectual. Podemos perceber o quanto é importante você conhecer realmente a história e a vida desses dependentes químicos, para que depois você possa fazer uma crítica ou um julgamento a respeito deles.
Afinal, a droga é um mal que pode contaminar qualquer pessoa, seja ela branca, negra, parda, rica ou pobre. Basta você ter consciência dos seus atos e do que você espera para o seu futuro.

Entrevista com o auxiliar do dependente químico da Casa Dia

- Nome? Ailton Mota
- Idade? 47 anos
- Há quanto tempo trabalha nesta instituição? 7 anos
- Quais são as maiores dificuldades dos dependentes no início do tratamento? Saudade da família, afastamento da droga e o auto-engano.
- Em geral, quantos conseguem terminar o tratamento bem? De 30 dependentes, 15 conseguem finalizar o tratamento. Isso é muito pouco.
- Como a família tem que lhe dar com o dependente? A família deve procurar grupos de apoio e procurar auxilio com outros familiares de dependentes.
- Como é a orientação que os dependentes têm aqui? Utilizamos um tratamento de 12 passos de narcóticos, maneiras simples e básicas para a cura. Além de programações e reuniões com os dependentes.
- Qual é a rotina deles? Eles levantam todos os dias ás sete horas , tomam café , tem reuniões , e horários livres .
- Como vocês lhe dão com o paciente? Compreendemos e sabemos os problemas já enfrentados por eles.
- Os dependentes têm direito á visitas? Quantas? Sim. Eles tem direito á visitas uma vez por mês e sem falam por correspondência.
- Vocês contam com o apoio de outras instituições? Não.
- Qual foi o caso mais emocionante que você já presenciou aqui? Uma vez já vi uma mãe falar que preferia ver o filho morto do que dependente de drogas e precisando de tratamento.
- Acredita na recuperação total dos pacientes? Sim. O meu papel nessa instituição é acreditar na recuperação dos dependentes até que provem ao contrário.
- O que você diria para os amigos, família, trabalho do paciente? Que todo ser é dotado de defeitos e o dependente também tem os seus e a família deve persistir e não desistir da recuperação.

Entrevista com dependente químico da Casa Dia

- Nome? Arthus
- Idade? 25 anos
- Com quantos anos você entrou para o mundo das drogas (bebidas alcoólicas)? 12 anos
- O que mudou na sua vida? Tudo. Minha adolescência, relação familiar, meus relacionamentos eram conturbados, tive que trancar a minha faculdade.
- Por quanto tempo você usou drogas (bebidas alcoólicas)?13 anos.
- Sofreu influencia de alguém? Sim, do meu irmão.
- Você utilizava o seu vicio escondido? Como escondia? Até quando?Não escondia de ninguém. Todos sabiam que eu era um dependente, até mesmo meus pais.
- Qual foi o momento mais tenso que já passou enquanto era viciado?Quando eu percebi que havia perdido tudo, dinheiro, confiança da família, namoradas.
- Criou dívidas por causa do vício?Sim, muitas.
- Em qual momento percebeu que precisava de ajuda?No momento que vi que havia perdido tudo por causa do vício.
- Alguém te deu apoio para procurar ajuda? Quem?Sim. Meus pais.
- Há quanto tempo esta sem usar drogas (bebidas alcoólicas)?Desde que cheguei aqui. 45 dias.
- Quais foram as maiores dificuldades que passou no início do tratamento?Saudade da família e ficar sem fazer o que eu mais gosto.
- Houve recaída? Ficou muito perturbado durante o tratamento?Sim. Tive três recaídas.
- Agora que esta se tratando, você se sente (nesse momento) feliz?Nesse momento sim.
- O que faria se pudesse voltar atrás?Não cometeria o erro de experimentar a droga.
- Pensa em segui a vida dinovo, estudar, trabalhar?Sim. Penso em acabar minha faculdade e reconciliar com a minha ex-namorada.
- O que diria ás pessoas que passam pela mesma situação que você passou?Tenham muita força de vontade e busquem ajuda.
- A primeira coisa que fará quando se recuperar totalmente?Tomar uma coca-cola bem gelada e um sorvete.

Entrevista com dependente químico da Casa Dia no bairro Realengo em Divinópolis-MG

- Nome? Luis Alexandre
- Idade? 31 anos
- Com quantos anos você entrou para o mundo das drogas (bebidas alcoólicas)? 18 anos
- O que mudou na sua vida? Tudo. O relacionamento com a família, eu tinha mais segurança de fazer as coisas que tinha vontade , quando estava sobre o efeito da droga me entrosava mais com as pessoas , com o tempo fui afastando dos amigos e minha campainha era a droga.
- Por quanto tempo você usou drogas (bebidas alcoólicas)?Usei ate antes de vir para cá. Isso tem 13anos
- Sofreu influencia de alguém? Sim. De amigos.
- Você utilizava o seu vicio escondido? Como escondia? Até quando? Sim, escondia mentindo , enganando ate quando não consegui mais porque meu vicio tava muito grande.
- Qual foi o momento mais tenso que já passou enquanto era viciado? O momento mais tenso que passei foi quando meu vicio passou a ser tanto que tive que ir buscar a droga no morro e subir ladeira para conseguir a droga.
- Criou dívidas por causa do vício? Sim. E até hoje tenho dívidas com a minha família e com traficantes.
- Em qual momento percebeu que precisava de ajuda? Quando eu tinha perdido tudo e meu irmão veio me ajudar.
- Alguém te deu apoio para procurar ajuda? Quem? Sim. Meu irmão.
- Há quanto tempo esta sem usar drogas (bebidas alcoólicas)? Estou limpo há 41 dias.
- Quais foram as maiores dificuldades que passou no início do tratamento? Saudade da família, abrir mão das coisas que gostava de fazer, e a falta dos amigos.
- Houve recaída? Ficou muito perturbado durante o tratamento? Não. Perturbado não mais com saudades.
- Agora que esta se tratando, você se sente (nesse momento) feliz? Com certeza sim, pois agora pelo menos há uma chance pra mim. E agora vou possuir apoio da minha família.
- O que faria se pudesse voltar atrás? Não experimentaria nenhum tipo de droga.
- Pensa em seguir a vida dinovo, estudar, trabalhar? Lógico que sim. Pretendo fazer faculdade de educação física, casar, e voltar a ser como antes. Sei que isso não é possível mais pelo menos agora eu tenho uma chance de começar dinovo.
- O que diria ás pessoas que passam pela mesma situação que você passou? Para persistir, não desistir da recuperação.
- A primeira coisa que fará quando se recuperar totalmente? Conversar com minha família

Como a família deve ajudar?

É muito comum ouvirmos afirmações do tipo: Eu nunca pensei que isso fosse acontecer na minha família!
É claro que ninguém espera, e muito menos deseja, que um membro da família, ou um amigo, venha a se envolver com drogas.
Mas, infelizmente, isto pode acontecer. Principalmente com as proporções epidêmicas que o uso e o abuso das drogas vem atingindo no mundo inteiro, inclusive aqui, perto de nós.
O problema, muitas vezes, começa na própria família, com drogas lícitas como o álcool, o cigarro, os medicamentos e outros produtos, que aparecem entre as principais causas de morte evitáveis.
O combate pode ser feito por várias ações: a repressão ao tráfico, a redução da produção e, principalmente, pela prevenção, reduzindo o consumo e evitando que as pessoas comecem a consumir. É a ação mais eficaz, sem dúvida, e pode ser praticada por todos nós.
COMO AJUDAR OS FILHOS?
· Afeto: Manifestações de carinho e amor são sempre bem vindas. Abrace, beije, incentive os filhos, mesmo em público. Fortaleça os vínculos entre os membros da família, incentivando o clima de afetividade, sinceridade e companheirismo entre todos.
· Ambiente: Reduza a influência negativa que possa vir de outros grupos. Faça com que o ambiente familiar seja atrativo e aconchegante. Faça com que seu filho se sinta bem em sua própria casa.
· Diálogo: Ache tempo para conversas e consultas freqüentes sobre qualquer assunto. Reserve um tempo especial para cada membro da família. Mantenha em casa um clima de diálogo franco e aberto. Converse com seus filhos sobre o consumo de álcool e de outras drogas, mas também sobre demais assuntos que fazem parte de seus interesses.
· Exemplo: Álcool e cigarro são drogas lícitas, mas evite consumi-las, se não quiser estimular os filhos a fazer o mesmo. Viva o que você recomenda aos seus filhos. Mesmo que os contestem ou questionem, terão nos pais os melhores exemplos e guias.
· Liberdade: Mais autonomia significa maior capacidade de decisão. Incentive a responsabilidade de cada um. Respeite os valores e os sentimentos de seu filho. Evite criticá-lo o tempo todo.
· Modelo: Cuide para que a relação com os filhos seja fundamentada na confiança e no respeito. Isso cria um modelo de comportamento para eles. Os jovens precisam de bons modelos.
· Ocupação: Encoraje as atividades criativas e saudáveis de seus filhos, ajude-os a lidar com as pessoas de seu meio, motive-os a tomar decisões, ensine-os a assumir responsabilidades e estimule-os a desenvolver valores fortes e o senso crítico diante das mais diferentes situações, inclusive das drogas.
· Participação: Tome decisões em conjunto, assim todos percebem que suas opiniões e pontos de vista são respeitados.
· Presença: Reforce as relações familiares, participe mais das atividades dos filhos. Cresça com seus filhos.
· Prevenção: Explique sempre aos filhos quais são os riscos do uso de drogas. Ensine-os a não experimentá-las.
· Princípios: Evidencie os princípios espirituais, em contraposição aos valores materiais.
· Regras claras: Imponha limites. Quando fizer alguma proibição, não deixe dúvida sobre suas razões. O amor de pai e de mãe precisa ser exigente. Esse amor acompanha, coloca limites, exige comportamentos, orienta respostas, deixa as regras claras e alerta para os sinais de fraqueza. Confie em seus filhos.
EDUCANDO COM VALORES
A educação dos filhos é uma das tarefas mais importantes que podemos realizar, mas é também aquela para a qual menos nos preparamos. Quase todos aprendemos a ser pais seguindo o exemplo que nos deram nossos próprios pais.
Hoje em dia, a extensão do uso do álcool e de outras drogas a nossos filhos, famílias e comunidades têm uma força que era desconhecida até 30 ou 40 anos. Sinceramente, somos muitos os que necessitamos de ajuda para enfrentarmos esta temível ameaça à saúde e ao bem estar de nossos filhos. Por sorte, também temos mais informações sobre o que funciona para prevenir que estes usem drogas.
Como pais, podemos utilizar este progresso em benefício de nossa família.
ENSINANDO PRINCÍPIOS UNIVERSAIS
Cada família tem suas expectativas de conduta que vêm determinadas pelos princípios. Com muita freqüência são estes princípios que ajudam nossos filhos a decidir que não tomarão álcool nem outras drogas.
Os princípios sociais, familiares e religiosos são os que dão aos jovens os motivos para dizer “não” e os que os ajudam a manter sua decisão.
Provavelmente, você já sabia disto e, certamente, já o havia posto em prática em sua casa. Mas não será demais examinar nossas ações como pais. Algumas maneiras que ajudam a clarear os princípios familiares:
· Comunicar os princípios abertamente. Falar sobre a razão da importância de princípios como a honestidade, a fidelidade, a integridade, a confiança em si mesmo e a responsabilidade, assim como da utilidade que eles têm para ajudar seus filhos a tomar decisões corretas.
· Ensine a seus filhos que cada decisão se baseia em uma decisão anterior, tomada quando se está formando o caráter, pelo que uma boa decisão faz com que seja mais fácil tomar a seguinte. Somos o resultado das escolhas que fizemos em nosso passado.
· Reconheça como afeta suas ações o desenvolvimento dos princípios de seus filhos. Os filhos copiam a conduta dos pais. Se os pais fumam os filhos tem mais possibilidades de converter-se em fumantes. Trate de avaliar como você usa o fumo, o álcool, os remédios receitados e inclusive os que se compram sem receita. Considere que com suas atitudes e atos pode estar contribuindo à formação da decisão de seus filhos de tomar, ou não, álcool e outras drogas.
Isto não significa que, se você costuma beber um pouco de vinho nas refeições, ou a tomar ocasionalmente uma cerveja, precisa deixar de fazê-lo. Os filhos podem entender e aceitar que haja diferenças entre o que podem fazer os adultos, legal e responsavelmente, e o que se torna apropriado e legal para eles.
Deve manter, no entanto, esta distinção com toda clareza. A este respeito, seus filhos não devem intervir em absoluto: não devem preparar seu copo nem trazer-lhe a cerveja. E por mais inofensivo que pareça, não permita que provem uns goles.
Muitos de nós fazemos algumas coisas sem pensar no que significam. É algo normal. Porém, se queremos transmitir a nossos filhos a mensagem correta, convém que sejamos precavidos ante determinadas condutas.

As Drogas e ses efeitos

Droga (do francês drogue, provavelmente do neerlandês droog, "seco, coisa seca"), narcótico, entorpecente ou estupefaciente são termos que denominam substâncias químicas que produzem alterações dos sentidos.
"Droga", em seu sentido original, é um termo que abrange uma grande quantidade de substâncias, que pode ir desde o carvão à aspirina. Contudo, há um uso corrente mais restritivo do termo (surgido após quase um século de repressão ao uso de certas substâncias), remetendo a qualquer produto alucinógeno (ácido lisérgico, heroína etc.) que leve à dependência química e, por extensão, a qualquer substância ou produto tóxico (tal como o fumo, álcool etc.) de uso excessivo, sendo um sinônimo assim para entorpecentes.
Conceito
Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que introduzida no organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas, de animais e de alguns minerais. Exemplo a cafeína (do café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoula) e o THC tetraidrocanabinol (da cannabis). As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O termo droga presta-se a várias interpretações, mas ao senso comum é uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento. Do ponto de vista jurídico, segundo prescreve o parágrafo único do art. 1.º da Lei n.º 11.343, de 23 de agosto de 2006 (Lei de Drogas): "Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União". Isto significa dizer que as normas penais que tratam do usuário, do dependente e do traficante são consideradas normas penais em branco. Atualmente, no Brasil, são consideradas drogas todos os produtos e substâncias listados na Portaria n.º SVS/MS 344/98.
As drogas estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores das atividades mentais. O termo droga envolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranqüilizantes e barbitúricos, além do álcool e substâncias voláteis. As psicotrópicas são as drogas que tem tropismo e afetam o Sistema Nervoso Central, modificando as atividades psíquicas e o comportamento. Essas drogas podem ser absorvidas de várias formas: por injeção, por inalação, via oral ou injeção intravenosa.
Tipos
· Depressivas - aumentam a freqüência cerebral e podem dificultar o processamento das mensagens que são enviadas ao cérebro. Exemplos: álcool, barbitúricos, diluentes, catamina, cloreto de etila, clorofórmio, ópio, morfina, heroína, maconha, haxixe, etc.
· Psicodistropticas ou alucinógenarias – têm por característica principal a despersonalização em maior ou menor grau. Exemplos cogumelos, skunk, LSD, psilocibina, chá de cogumelo e DMT.
· Psicotrópicas ou estimulantes - produzem aumento da atividade pulmonar, diminuem a fadiga, aumentam a percepção ficando os demais sentidos ativados. Exemplos: cocaína, crack, cafeína, teobromina, MDMA ou ecstasy, GHB, metanfetamina, anfetaminas (bolinha, arrebite), PRACEMPA etc.
Quanto à forma de produção do indivíduo no comportamento cerebral podendo atrapalhar o processamento ou não, classificam-se como:
· Naturais
· Semi-sintéticas
· Sintética
Uso de drogas
É comum distinguir o abuso do uso de drogas de seu consumo normal. Esta classificação refere-se à quantidade e periodicidade em que ela é usada. Outra classificação se refere ao uso das drogas em desvio de seu uso habitual, como por exemplo, o uso de cola, gasolina, benzina, éter, lóló, dentre outras substâncias químicas. Os usuários podem ser classificados em: experimentador, usuário ocasional, habitual e dependente.
Motivos associados ao uso
Os motivos que normalmente levam alguém a provar ou a usar ocasionalmente drogas incluem:
· Recreação;
· Problemas pessoais e sociais;
· Influência de amigos, traficantes assim como da sociedade e publicidade de fabricantes de drogas lícitas;
· Sensação imediata de prazer que produzem;
· A facilidade de acesso e obtenção;
· Desejo ou impressão de que elas podem resolver todos os problemas, ou aliviar as ansiedades;
· Fuga;
· Estimular;
· Acalmar;
· Ficar acordado ou dormir profundamente;
· Emagrecer ou engordar;
· Esquecer ou memorizar;
· Fugir ou enfrentar;
· Inebriar;
· Inspirar;
· Fortalecer;
· Aliviar dores, tensões, angústias, depressões;
· Aguentar situações difíceis, privações e carências;
· Encontrar novas sensações, novas satisfações;
· Força do hábito;
· Ritual;
· Autoconhecimento, principalmente pelos psiconautas.

Alcoolismo

O alcoolismo é geralmente definido como o consumo consistente e excessivo e/ou preocupação com bebidas alcoólicas ao ponto que este comportamento interfira com a vida pessoal, familiar, social ou profissional da pessoa. O alcoolismo pode potencialmente resultar em condições (doenças) psicológicas e fisiológicas, assim como, por fim, na morte. O alcoolismo é um dos problemas mundiais de uso de drogas que mais traz custos. Com exceção do tabagismo, o alcoolismo é mais custoso para os países do que todos os problemas de consumo de droga combinados.
Apesar do abuso do álcool ser um pré-requisito para o que é definido como alcoolismo, o seu mecanismo biológico ainda é incerto. Para a maioria das pessoas, o consumo de álcool gera pouco ou nenhum risco de se tornar um vício. Outros fatores geralmente contribuem para que o uso de álcool se torne em alcoolismo. Esses fatores podem incluir o ambiente social em que a pessoa vive a saúde emocional e a predisposição genética.
O tratamento do alcoolismo é complexo e depende do estado do paciente.
Terminologia
Muitos termos são aplicados para se referir a uma pessoa alcoólica e ao alcoolismo. Existe muita controvérsia a esse respeito, entretanto é consenso que:
1. Alcoolismo é uma doença.
2. O alcoólico pode apresentar prejuízos relacionados com o uso de álcool em todas as áreas da vida (prejuízos físicos, mentais, morais, profissionais, sociais, entre outros).
3. O alcoólico perde a capacidade de controlar a quantidade de bebida que ingere, uma vez que vence a ingestão (dependência química).
Efeitos Fisiológicos do alcoolismo
O consumo excessivo de álcool leva a uma degradação do etanol em etanal pelo fígado, fato que consome NAD+ formando NADH. Na segunda reação para a formação de acetato também há consumo de NAD+ e formação de NADH, dessa forma o ciclo de Krebs (dependente de NAD+) é diminuído pela falta de NAD+, aumentando, portanto o metabolismo anaeróbico das células, o que irá produzir mais ácido lático no organismo. Esse excesso de ácido lático no organismo compete com a excreção de urato contribuindo para o aumento de ácido úrico no sangue, o qual irá precipitar em articulações gerando uma doença conhecida como gota.
Etanol no sangue (gramas/litro) Estados Sintomas
0,1 a 0,5 Sobriedade Nenhuma influência aparente
0,3 a 1,2 Euforia Perda de eficiência, diminuição da atenção, julgamento e controle.
0,9 a 2,5 Excitação Instabilidade das emoções, incoordenação muscular. Menor inibição. Perda do julgamento crítico
1,8 a 3,0 Confusão Vertigens, desequilíbrio, dificuldade na fala e distúrbios da sensação.
3,7 a 4,0 Estupor Apatia e inércia geral. Vômitos, incontinência urinária e fezes.
3,5 a 5,0 Coma Inconsciência, anestesia. Morte
Acima de 4,5 Morte Parada respiratória

Etanol no sangue
Observações: Em média 45 gramas de etanol (120 ml de aguardente), com estômago vazio, fazem o sangue ter concentração de 0,6 a 1,0 grama por litro; após refeição a concentração é de 0,3 a 0,5 grama por litro. Um conteúdo igual de etanol, sob a forma de cerveja (1,2 litros), resulta 0,4 a 0,5 gramas de etanol por litro de sangue, com estômago vazio e 0,2 a 0,3 gramas por litro, após uma refeição mista.





Doenças Geradas pelo Alcoolismo

À medida que o alcoolismo avança, as repercussões sobre o corpo se agravam. Os órgãos mais atingidos são: o cérebro, trato digestivo, coração, músculos, sangue, glândulas hormonais. Como o álcool dissolve o ‘mucus’ do trato digestivo, provoca irritação na camada externa de revestimento que pode acabar provocando sangramentos. - A maioria dos casos de ‘pancreatite’ aguda (75%) é provocada por alcoolismo. As afecções sobre o fígado podem ir de uma simples degeneração gordurosa à cirrose. Os alcoólatras tornam-se mais susceptíveis a infecções porque suas células de defesas são em menor número.

- O álcool interfere diretamente com a função sexual masculina, com infertilidade por atrofia das células produtoras de testosterona, e diminuição dos hormônios masculinos. O predomínio dos hormônios femininos nos alcoólatras do sexo masculino leva ao surgimento de características físicas femininas como o aumento da mama.

- O álcool pode afetar o desejo sexual e levar a impotência por danos causados nos nervos ligados a ereção. Nas mulheres o álcool pode afetar a produção hormonal feminina, levando diminuição da menstruação, infertilidade e afetando as características sexuais femininas.


Além Disso...
1. Esteatose Hepática (acúmulo de gordura no fígado): Pode acontecer em pessoas que fazem uso constante de bebidas alcóolicas e não são obrigatoriamente alcóolatras. Pode ser diagnosticado em exame de sangue.

2. Hepatite Alcoólica: Esta é uma doença grave, que se caracteriza por fraqueza, febre, perda de peso, náusea, vômitos e dor sobre a área do fígado. O fígado fica inflamado, causando a morte de múltiplas células hepáticas. A doença pode oferecer risco de vida e requer hospitalização. Com tratamento adequado a doença melhora, porém as cicatrizes permanecem para sempre no fígado.
Esta fibrose leva a uma destruição da passagem do sangue pelo fígado, impedindo o fígado de realizar funções vitais como purificação do sangue e depuração dos nutrientes absorvidos pelo intestino. O resultado final é uma falência hepática.
Alguns sinais de insuficiência hepática incluem acúmulo de líquido no abdômen, destruição, confusão mental e sangramento intestinal.
Aproximadamente um terço dos pacientes com cirrose hepática tem história de infecção pelo vírus da hepatite C, e cerca de 50% terão pedras na vesícula. Pacientes com cirrose tem maior chance desenvolver diabetes, problemas nos rins, úlceras no estômago e duodeno e infecções bacterianas severas.
Tratamento

De todos os tratamentos para a doença alcoólica hepática, o mais importante é parar de beber. Algumas vezes o fígado apresenta uma pequena recuperação, suficiente para manterás suas funções vitais permitindo ter uma vida normal. Quando a cirrose evolui para seu estágio final, a única solução é o transplante hepático.


Tratamentos a Favor do Alcoolismo

Os tratamentos para o alcoolismo são bastante variados porque existem múltiplas perspectivas para essa condição. Aqueles que possuem um alcoolismo que se aproxima de uma condição médica ou doença são recomendados a se tratar de modo diferente dos que se aproximam desta condição como uma escolha social.
A maioria dos tratamentos busca ajudar as pessoas a diminuir o consumo de álcool, seguido por um treinamento de vida ou suporte social de modo que ajude a pessoa a resistir ao retorno do uso de álcool. Como o alcoolismo envolve múltiplos fatores que incentivam a pessoa a continuar a beber, todos estes fatores devem ser suprimidos para que se previnam com sucesso os casos de recaídas. Um exemplo para este tipo de tratamento é a desintoxicação seguida por uma combinação de terapia de suporte, atendimento em grupos de auto-ajuda, etc. A maioria dos tratamentos geralmente prefere uma abstinência de tolerância zero; entretanto, alguns preferem uma abordagem de redução de consumo progressiva.
A efetividade dos tratamentos para o alcoolismo varia amplamente. Quando considerada a eficácia das opções de tratamento, deve-se considerar a taxa de sucesso daquelas pessoas que entraram no programa, não somente aqueles que o completaram. Como o término do programa é a qualificação para o sucesso, o sucesso entre as pessoas que completam um programa é geralmente perto de 100%. Também é importante se considerar não somente a taxa daqueles que atingiram os objetivos do tratamento, mas também a taxa daqueles que tiveram recaídas. Os resultados também devem ser comparados com a taxa aproximada de 5% de pessoas que abandonam os programas por conta própria.
A desintoxicação trata os efeitos físicos do uso prolongado do álcool, mas na verdade não trata o alcoolismo. Após a desintoxicação estiver completa, as recaídas são propensas de ocorrer se não houver um tratamento subseqüente. A desintoxicação pode ou não ser necessária dependendo da idade, estado de saúde e histórico de ingestão de álcool da pessoa. Por exemplo, um homem jovem que quando consome álcool o faz em quantidades excessivas em um curto período de tempo, e busca tratamento uma semana após seu último uso de álcool, pode não precisar de desintoxicação antes de iniciar o tratamento para o alcoolismo.
Terapia em grupo e psicoterapia
Após a desintoxicação, diversas formas de terapia em grupo ou psicoterapia podem ser usadas para lidar com os aspectos psicológicos subconscientes que são relacionados à doença do alcoolismo, assim como proporcionar a aquisição de habilidades de prevenção às recaídas.
O aconselhamento em grupo através de ajuda mútua é um dos meios mais comuns de ajudar os alcoólicos a manter a sobriedades. Muitas organizações já foram formadas para proporcionar esse serviço, como os Alcoólicos Anônimos.
Racionamento e moderação
Os programas de racionamento e moderação do uso do álcool não forçam uma abstinência completa. Apesar de a maioria dos alcoólicos serem incapazes de limitar o seu consumo através destes programas, alguns passam a beber moderadamente. Muitas pessoas se recuperam do alcoolismo. Um estudo realizado em 2002 nos Estados Unidos mostrou que 17,7% das pessoas que tinham sido diagnosticadas como dependentes do álcool a mais de um ano (anteriormente à pesquisa) retornaram ao consumo de baixo risco de álcool.
Medicamentos
Embora não sejam necessários para o tratamento do alcoolismo, diversas medicações podem ser prescrita como parte do tratamento. Algumas podem facilitar a transição para a sobriedade, enquanto outras podem causar dificuldades físicas quando do uso do álcool. Na maioria dos casos, o efeito desejado é fazer com que o alcoólatra se abstenha da bebida.
· O dissulfiram previne a eliminação de acetaldeído, um composto químico que o corpo produz quando quebra o etanol. É o acetaldeído que causa os diversos sintomas da "ressaca" após o uso do álcool. O efeito geral do medicamento é um grande desconforto quando o álcool é ingerido: uma "ressaca" desconfortável extremamente rápida e de longa duração. Isso desencoraja o alcoólatra a beber quantidades significativas de álcool enquanto ele está tomando o medicamento. O consumo excessivo de álcool associado com o dissulfiram pode causar doenças severas e até a morte.
· A naltrexona é um antagonista competitivo para os receptores opióides, bloqueando efetivamente a habilidade do corpo em usar as endorfinas e opiáceos. Ele também parece agir na ação da neurotransmissão do glutamato. A naltrexona é usada em duas formas muito diferentes de tratamento. O primeiro tratamento usa a naltrexona para diminuir os desejos pelo álcool e encorajar a abstinência. O outro tratamento, chamado extinção farmacológica, combina a naltrexona com o hábito normal de ingestão de álcool de forma para reverter o condicionamento das endorfinas que causam o vício ao álcool. A naltrexona é apresentada em duas formas. A naltrexona oral é uma pílula que deve ser tomada diariamente para ser eficiente. Vivitrol é uma formulação que é injetada nas nádegas uma vez ao mês.
· Oxibato de Sódio é o sal de sódio do ácido gama-hidroxibutírico (GHB). Ele é usado para a abstinência aguda do álcool e para a desintoxicação a médio e longo prazo. Essa droga melhora a neurotransmissão do GABA e diminui os níveis de glutamato.
· Baclofeno tem mostrado em estudos em animais e em pequenos estudos em humanos que melhora a desintoxicação. Esta droga atua como um agonista do receptor GABA B e isto pode ser benéfico.
Extinção farmacológica
A extinção farmacológica é o uso de antagonistas opióides como a naltrexona combinados com o hábito normal de ingestão de álcool para eliminar o desejo intenso pelo álcool. Essa técnica obteve sucesso na Finlândia, Pensilvânia, e Flórida, e é às vezes citada como o Método Sinclair
Terapia nutricional
O tratamento preventivo das complicações do álcool inclui o uso a longo-prazo de multivitaminas além de vitaminas específicas como B12 e fosfato.
Apesar da terapia nutricional não ser um tratamento propriamente para o alcoolismo, ela trata as dificuldades que podem surgir anos após o uso intenso de álcool. Muitos dependentes de álcool têm a síndrome da resistência à insulina, um distúrbio metabólico no qual a dificuldade do corpo em processar açúcares causa um suprimento desequilibrado na corrente sanguínea. Apesar de o distúrbio poder ser diminuído com uma dieta hiperglicêmica, ele pode afetar o comportamento e as emoções, efeitos colaterais que freqüentemente são observados entre os álcool-dependente em tratamento. Os aspectos metabólicos desta dependência são freqüentemente negligenciados, gerando resultados ruins para os tratamentos.

A Dependência Química

A dependência química é uma síndrome caracterizada pela perda do controle do uso de determinada substância psicoativa. Os agentes psicoativos atuam sobre o sistema nervoso central, provocando sintomas psíquicos e estimulando o consumo repetido dessa substância. Alguns exemplos são o álcool, as drogas ilícitas e a nicotina.
Considerada uma doença, a dependência química apresenta os seguintes sintomas:
Tolerância: necessidade de aumento da dose para se obter o mesmo efeito;
Crises de abstinência: ansiedade, irritabilidade, insônia ou tremor quando a dosagem é reduzida ou o consumo é suspenso;
Ingestão em maiores quantidades ou por maior período do que o desejado pelo indivíduo;
Desejo persistente, tentativas fracassadas de diminuir ou controlar o uso da substância;
Perda de boa parte do tempo com atividades para obtenção e consumo da substância ou recuperação de seus efeitos;
Negligência com relação a atividades sociais, ocupacionais e recreativas em benefício da droga;
Persistência na utilização da substância, apesar de problemas físicos e/ou psíquicos decorrentes do uso.

Prevalência

A dependência química é uma das doenças psiquiátricas mais freqüentes da atualidade. No caso do cigarro, de 25% a 35% dos adultos dependem da nicotina. A prevalência da dependência de álcool no Brasil é de 17,1% entre os homens e de 5,7% entre as mulheres, segundo o 1o Levantamento Domiciliar Sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no país, realizado em 2001 pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O estudo revelou que quase 20% dos entrevistados já haviam experimentado alguma droga que não álcool ou tabaco. Entre elas, destacaram-se a maconha (6,9%), os solventes (5,8%) e a cocaína (2,3%).
É preciso observar que, nos últimos 10 anos, houve uma mudança no consumo da cocaína. Em alguns centros de atendimento a adictos, como o Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (GREA), do Hospital das Clínicas da USP, diminuiu o número de pacientes que injetam cocaína, ao passo que aumentou a quantidade de usuários do crack. Essa apresentação da cocaína atinge o sistema nervoso central de maneira mais rápida e intensa que a droga aspirada. A taxa de complicações associadas ao uso é maior, porque o crack rapidamente gera uma dependência grave e de difícil tratamento.

Tratamento

As pesquisas mostram que, após o tratamento da dependência, as recaídas são freqüentes: 50% nos seis primeiros meses e 90% no primeiro ano. Todavia, vale lembrar que se trata de uma doença crônica e que, se avaliada como tal, os resultados da terapia são semelhantes aos de outras enfermidades persistentes, como asma, hipertensão e diabetes.
As altas taxas de reincidência não significam que o tratamento seja ineficiente. O uso, reduzido ou suprimido com a terapia, é um dos parâmetros que medem a eficácia, bem como relações familiares e sociais, atividades profissionais, acadêmicas e de lazer e o não envolvimento com a Justiça. Um dos fatores mais importantes para o sucesso do tratamento é a motivação, visto que muitos pacientes não se consideram doentes. Dependentes de drogas que não procuram assistência sofrem mais complicações associadas ao uso, como infecções (inclusive AIDS, para os adeptos de drogas injetáveis), desemprego e atividades ilegais. A mortalidade também é maior entre esses indivíduos, causada principalmente por overdose, suicídio e homicídio.
Há duas abordagens no tratamento da dependência química: a psicoterapia e a farmacoterapia. O modelo psicoterápico mais bem fundamentado é o cognitivo-comportamental, que prevê abstinência da substância, hesitação de situações que induzam ao consumo e treinamento para resistir ao uso em circunstâncias que não possam ser evitadas.
O tratamento tende a ser mais eficaz se acompanhado por atendimento familiar. Estimula-se também a procura de grupos de auto-ajuda, como Alcoólatras ou Narcóticos Anônimos. A internação é indicada em casos específicos, como risco de suicídio, agressividade, psicose e uso descontrolado da substância, que esteja impedindo a freqüência às consultas.
O uso de medicamentos para o tratamento da dependência de álcool tem apresentado bons resultados. Três substâncias já demonstraram eficácia em estudos de avaliação. A primeira delas inibe a metabolização do álcool, o que provoca mal-estar, náuseas e alterações hemodinâmicas caso o indivíduo tome bebidas alcoólicas. É adequada para pacientes motivados, que conseguem atingir a abstinência, mas têm dificuldade para mantê-la. A medicação funciona como um inibidor de recaídas, já que o paciente, temendo passar mal, controla seu impulso para beber. Outro medicamento adotado no tratamento diminui o efeito do álcool e, no curto prazo, está associado a um número maior de dias sem beber e quantidades menores de doses quando o paciente bebe. A terceira droga, por sua vez, diminui a excitação exagerada do sistema nervoso central na ausência do álcool.
Na dependência de nicotina, o tratamento farmacológico pode ser feito por meio da reposição de nicotina, que diminui sintomas e sinais da abstinência e reduz o risco de recaída nas primeiras semanas. As alternativas existentes são goma de mascar, adesivo, spray e inalador (as duas últimas ainda não estão disponíveis no Brasil). O uso de determinados medicamentos também é eficaz na redução das chances de recaída no primeiro ano de tratamento. Quanto à dependência de cocaína, maconha e inalantes, não há provas suficientes da eficácia de algum medicamento.
Mesmo após o tratamento e a abstinência da substância psicoativa, não se considera o paciente curado. Por muitos anos, talvez indefinidamente, ele irá apresentar maior risco que a população em geral de desenvolver o uso abusivo ou a dependência da substância. Para a maior parte dos dependentes, a abstinência total é a opção mais segura para a doença não retornar.
A ampliação do conhecimento sobre o mecanismo de ação da dependência química, sobretudo nas formas de atuação sobre o chamado “circuito da recompensa”, deverá possibilitar o desenvolvimento de medicações cada vez mais específicas para o problema. Outra estratégia que já está sendo testada em seres humanos é o desenvolvimento de vacinas, especialmente para cocaína e nicotina.

Apresentação


Dos muitos problemas enfrentados pela sociedade, o mais preocupante entre eles são, o alcoolismo e o vicio nas drogas. Esta tentação pode destruir vidas e famílias, pois, motivados pelo o vício, pessoas das mais diversas classes sociais aprendem a mentir, roubar, e adquirem irreparáveis maneiras de lhe dar com os outros para alcançar o objeto de desejo.
Os problemas relacionados ao álcool e outras drogas vem aumentando no Brasil e no mundo nos últimos anos, tornando este fenômeno mais presente na mídia, nas escolas, nos consultórios e nas políticas de saúde pública. Para que se possa intervir objetivamente, torna-se imprescindível o acesso a conceitos básicos reconhecidos e fundamentados.
A dependência química pode ser prevenida e tratada. Para alcançar este fim, apresentaremos os tipos de drogas, os efeitos, os riscos para a saúde, tratamentos e maneiras de lidar com o dependente.